segunda-feira, 26 de novembro de 2012

Década de 20- História da Moda

Primeiramente desculpinha por demorar absurdamente para postar sobre a década de 20, como prometi.

A década de 20 pode ser dito que foi um dos momentos mais deliciosamente inebriantes de toda a História da Humanidade, acabaria de maneira trágica no crash da Bolsa de Nova Iorque em outubro de 1929.

Voltando um pouco no tempo a moda Eduardiana que obrigava a mulher a ter uma silhueta em S e camadas mais camadas de tecidos, rendas, babados, Poiret em 1906 libertou a mulher do espartilho, mas, convenhamos, a moda da Era Eduardiana e o comportamento da vovó Vitoriana, não foi uma corrida louca e frenética para a mudança. Mas o que talvez faltasse era o contexto social que o Pós-Guerra trouxe.

Costuma-se falar muito da Segunda Guerra mas poucas pessoas realmente sabem sobre a Primeira Guerra, houve a Revolução Bolchevique, a queda de várias dinastias européias, além da epidemia de Gripe Espanhola, tudo relativamente ao mesmo tempo, fora que muito subestimado em importância o naufrágio do Titanic foi um duro golpe para a sociedade da Belle Epóque ser subjulgada pela natureza, era uma lembrança de que o homem só havia achado que havia domado o Mundo.


A mulher havia tomado conta da Europa e das maisons durane a Guerra e não era mais aquela criatura que seria subjulgada com a facilidade das vitorianas.

O Pós-Guerra também trouxe a Paris, Londres e Nova Iorque um borbulhante sentimento de "frescor", vida nova soprava para os vencedores e o comportamento feminino foi tolerado pela high socity como  sinal de novos tempos. As roupas ficavam mais simples e as bainhas encurtavam.

Poiret tentou sobreviver a esse tempo mas a mulher que viveu a Guerra não era mais a burguesa entediada a procura de fantasia, ela queria qualidade e praticidade, Chanel que já havia lançado seus tailleurs era perfeita. O esmero da maison para os detalhes e para a qualidade, sem jamais se esquecer da praticidade alçaram madeimoselle ao panteão de que faz parte até hoje.

Chamise Chanel, com o passar das décadas só os acessórios mudariam.

Paris era a cidade da boemia, Nova Iorque era o futuro, o Charleston, ritmo que iria caraterizar esses anos iria ferver as pistas de dança do Mundo todo e mudar a vestimento e os sapatos das mulheres. As saias não poderiam ser muito compridas e os sapatos deveriam ter uma correia que deixasse-os firmes nos pés.




Então apesar de as saias em 26 a 28 chegaram ao seu auge cobrindo os joelhos as moçoilas dançavam para mostrá-los mesmo, houve proibições, muita gente se escandalizou, as mulheres usavam meias fina da cor-da-pela mas era como se estivessem com pernas nuas.


As fábricas de tecidos odiaram essa pouca roupa e hove ensaios de tentativas de alongar as bainhas mas o máximo que conseguiram foram temporadas de tecidos sobrando aos lados e como caudas dos vestidos. O foco "sensual" da década foram as pernas o belo era ter corpo esguio, não magrelo, e seios pequenos. Houve protestos na França dizendo que o tipo físico da francesa estava sendo posto de lado pelo tipo físico da mulher inglesa, todo tipo de protestos sobre as roupas que eram folgadas mas que denotavam o corpo feminino, dada a pouca roupa que se usava como combinação. As calças cumpridas foram usadas, mas pouco, somente algumas visionárias ousaram.





A cintura foi ficando baixa e desaparecendo, a mulher da década anterior tinha que ter cintura de 40 cm, então nada mais demodê que marcar a cintura nessa época.

As influencias do cinema e das divas Mary Pickford e Louise Brooks davam a ordem do dia: cabelo curto, olhos delineados, sobrancelhas tirados e refeitas a lápis e carmim vermelho na boca, delicada em forma de coração. A beleza da década de 20 trazia uma certa inocência ainda da mulher com maquiagem mas com lábios e traços finos.

A descoberta da tumba de faraó Tutankamon intacta com os tesouros e relíquias ainda do Egito Antigo foi um frenesi, as mulheres adoraram os bordados, muito dourado, roupas fluidas, corte de cabelo tipo  "Cleópatra", fora o delineador e os olhos dramáticos bem marcantes.




Influencia da Art Déco já havia sido ensaiada por Poul Poiret mas foi após 1925 que teve seu auge. Há muito mas muito do que se falar sobre essa década fascinante mas é impossível fazer isso sem fazer uma monografia sobre arte, sociedade, moda, mudança, isto que a década de 20 foi muito importante para o nosso século a mudança, e era bom mesmo o Mundo começar a se acostumar porque este século iria ferver.

Houve até apostas de saias bufantes e chapéus grandes.

Deixei as jóias exuberantes e os chapéus passarem, os esportes, os excessos de champanhe, absinto e cocaína, o começo marginal do jazz, as mulheres que  realmente escandalizaram o mundo, enfim, os anos 20 são assim, parecia que a festa jamais acabaria.


Beijocas

Regina Pinotti

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